O Tocá Rufar é um projecto modelo de formação artística e cultural para a afirmação e promoção da percussão tradicional portuguesa e do instrumento bombo que se distingue ao colocar a cultura portuguesa, o conhecimento e a arte, em posição privilegiada como fonte de valor, de desenvolvimento e de contemporaneidade; e por torná-los acessíveis a todos os indivíduos.

O Tocá Rufar tem como missão promover o instrumento bombo a ícone da identidade e cultura portuguesas actuais e desenvolver a sua prática, no âmbito de orquestras de percussão tradicional portuguesa contemporâneas, enquanto realização exemplar e instrutiva de uma organização assente no paradigma informacional.

Fazendo acção social através da arte, concede-lhes o abrigo das raízes culturais enquanto lhes alarga os horizontes e lhes coloca um futuro prometedor ao alcance, proporcionando a liberdade de definirem o seu próprio limite. E se é verdade que o Tocá Rufar oferece as "ferramentas", exige esforço, ânimo e espírito de sacrifício ensinando os seus alunos a serem autónomos e tomarem em mãos o seu percurso de vida.

Mais de 80% das actuações da Orquestra são oferecidas a promotores de eventos que não têm capacidade financeira para custear o valor real de contratação, sempre que se julgue que os princípios e causas inerentes são justos e de mérito. Para fazer face a estas acções, sem prejuízo para a sustentabilidade do projecto, o Tocá Rufar cobra um valor exigente a quem pode pagar e, indirectamente, reivindica aos mais ricos um papel social educativo e cultural que muitas vezes estes se recusam a assumir.

Todos os anos o Tocá Rufar ensina gratuitamente cerca de 500 alunos.

Rui Junior

Rui Junior e o fundador e director do Toca Rufar.

Flavio Santos

Flavio Santos coordena os monitores que dao aulas nas escolas e da formaçao para empresas.

Secretariado

Os nossos serviços respondem com celeridade. Aqui, deste lado, mora gente.

A nossa história

Após a Expo’98 o projecto Tocá Rufar permaneceu vivo e sediou-se no espaço TamborQFala, Seixal. Constitui-se como associação A.D.A.T. – Associação dos Amigos do Tocá Rufar, a 28 de Maio de 1999.

Continuando até hoje a desenvolver o potencial artístico dos seus sócios, sob a direcção artística de Rui Júnior a A.D.A.T extravasou o seu propósito inicial como associação, respondendo pela maior uma orquestra de percussão tradicional portuguesa e pelo desenvolvimento de oficinas de percussão em todo o país e no estrangeiro atraindo crianças, jovens e adultos e realizando parcerias com diversas instituições públicas e privadas.

Afirmou-se como um projecto sem fins lucrativos e de inegável valor educativo, foi-lhe atribuído pelo Ministério da Cultura o Estatuto de Projecto de Interesse Cultural; representou Lisboa no encontro das Cidades Educadoras em 1999 e foi galardoado com o prémio de Qualidade pelo Programa Educativo Nacional em 2001. Em Março de 2006, representou Portugal na Conferência Mundial de Educação Artística, realizada no Centro Cultural de Belém. Integrou o Projecto Reinserção pela Arte, projecto piloto de natureza experimental, promovido pela Gulbenkian em colaboração com a Direcção-Geral de Reinserção Social, entre 2006 e 2008. Em Outubro de 2009 a Rádio Clube de Leiria dedicou-lhe o Prémio Educação pela Arte da Cultura e Bombo Portuguesa, na presença do então Ministro da Cultura.

O impacto do Tocá Rufar a nível nacional projectou-o internacionalmente e os Bombos já foram ouvidos em países como a Alemanha, Brasil, Coreia do Sul, Espanha, E.U.A., França, Japão, Macau (China) e Reino Unido.

A maior orquestra de percussão tradicional portuguesa é frequentemente solicitada a colaborar com artistas, grupos e entidades de renome das mais diversas áreas musicais como Buraka Som Sistema, Fafá de Belém, Fausto, Jorge Palma, José Mário Branco, Mickael Carreira, Paulo de Carvalho, Rui Júnior & oÓquesomtem?, Tony Carreira, Xutos & Pontapés, entre outros.

O Tocá Rufar é presentemente líder no mercado em que opera e continua a investir no alargamento e dinamização desse mesmo mercado, dando apoio e colaborando com projectos emergentes análogos, a fim de prevenir o domínio de um mercado restrito e inactivo, passível de se esgotar.

No dia 1 de Março de 2011 o TamborQFala, sede do Tocá Rufar, ardeu provocando a perda de todo o espólio e quase a totalidade dos instrumentos do Projecto. Face a esta desventura o Tocá Rufar deu provas de resiliência e humildade conseguindo, sem lesar os princípios basilares que o regem, continuar o desenvolvimento artístico e pedagógico da arte do bombo e superar os níveis de qualidade e eficácia que o caracterizam.